Bom dia a todos!
Como vão vocês e suas famílias? Espero que transbordando saúde por causa de boas escolhas e bons hábitos de vida!
Gostaria de lhes falar hoje aqui um pouco sobre o toque na família.
É muito interessante ler na carta de um novo presidiário que dizia: “não vejo a hora de lhes abraçar novamente”. Na prisão não há toque de amor.
Quando atendo famílias pelo Projeto Terapêutico Toque Divino o sumo da terapia e o suprassumo da intervenção psicológica é ajudar a gradativa transformação da família em uma comunidade terapêutica.
Na data do meu casamento, o pastor que celebrou nossas alianças disse de púlpito: “a partir de hoje, o Rafael se transformará no cuidador prioritário da Cibele e a Cibele do Rafael”.
Estou mexendo e remexendo sobre esses conteúdos porque quero mais uma vez encorajá-los à maravilhosa prática de toques terapêuticos na família.
Quem recebe toques amorosos, do tipo não erótico, mas bondoso, acolhedor, paciente e generoso tem seu sistema imunológico fortalecido, sua resposta regenerativa ativada, sua capacidade para o sono completo restaurada, etc., etc., e recebe um forte impulso na direção do restabelecimento da ordem interior e florescimento da saúde mental.
Parar todas as coisas, desligar a TV e encostar o celular, para trocar toques terapêuticos na família pode parecer uma grande perda de tempo e um despropósito cafona e obtuso. Mas não é.
Quem recebe toques terapêuticos regularmente dificilmente se entrega aos pensamentos de morte e muito mais rapidamente elabora os lutos da jornada da vida.
Quem recebe toques terapêuticos regularmente é mais resistente à tentação de trair a sua integridade nas provações dos relacionamentos.
Toda a subjetividade positiva, sentimento de identidade coerente e saudável, são construídos a partir de um fundamento de experiências positivas de toques terapêuticos na família.
Aprenda a massagear os pés da sua família e você verá como fica mais fácil conversar sobre as coisas verdadeiramente importantes do coração.
Aprenda a tocar as costas dos seus amados e você verá como fica mais fácil para eles chorarem a cura para fora das suas perdas.
Aprenda a colocar as suas mãos na direção dos seus filhos, para dizer a eles as melhores esperanças e desejos do seu coração, e você verá como a autoestima deles será forte e inabalável.
Se você não gosta de toques é muito provável que nunca tenha sido tocado da maneira certa. Por isso é importante que antes de tocar a sua família você aprenda a tocar-se a si mesmo.
Lição rápida: (1) toques terapêuticos jamais são eróticos; (2) para o toque ser terapêutico você precisa dar tempo para ele acontecer; um tapinha não faz nada, já 10 min de mãos em contato tem um grande efeito; (3) toques terapêuticos às vezes parecem não ter efeito algum, mas você verá o quanto ele é poderoso se atentar para o modo como os conteúdos mais profundos da subjetividade começam a ser acessados com facilidade minutos após a experiência do toque.
Quero que vocês se transformem em terapeutas corporais assim como têm noções básicas de mecânica, culinária, costura, medicina, etc.
Ouvi de alguém que na China, quando nascem meninas defeituosas, eles deixam a bebê isolada, entregando comida, mas proibindo o contato físico e o afeto, até que elas morram. E elas morrem.
Está nas suas mãos o levantar a sua família a algo maior e mais seguro.
Cure-se a si mesmo e depois transborde.
Eu acredito em vocês!
Atenciosamente,
Rafael Caldeira de Faria, psicólogo corporal, CRP 06/89471.